Após a reunião dos principais líderes mundiais na COP26 para enfrentar a crise climática, as empresas que buscam incorporar práticas de sustentabilidade não estão apenas fazendo a coisa certa para a saúde do nosso planeta, mas também buscando ganhos financeiros. Estima-se que até 2025, um terço dos ativos mundiais serão investimentos de natureza ambiental e social. Os investidores verão, portanto, como uma empresa está abordando a sustentabilidade e a resposta climática, e isso afetará o acesso que a empresa terá ao capital privado e aos investimentos.
Os investimentos do futuro estarão ligados à resposta climática
Mas responder às mudanças climáticas e adotar a sustentabilidade com impacto real no meio ambiente é uma mudança que nem todas as empresas podem implementar instantaneamente; primeiro deve haver uma pequena mudança no sistema de negócios. Isso requer uma nova maneira de pensar sobre os cinco componentes principais das operações de cada empresa (água, carbono, resíduos, produto, embalagem) e seguir com ações que realmente reduzam a pegada ambiental de cada empresa.
A questão então é como uma empresa vê e percebe o valor dessas cinco coisas. Como novos modelos de negócios e benefícios financeiros são realizados ao mesmo tempo em que se alcançam benefícios ambientais; como inovar nesse espaço tanto da tecnologia quanto da perspectiva do modelo de negócios; e como o progresso da implementação e execução de tudo isso é medido.
As empresas devem começar fazendo da sustentabilidade um elemento central de seu propósito como negócio. Eles precisarão escolher uma área crítica para seus negócios e onde possam vencer e começar a causar um impacto ambiental real. Para isso, precisarão de parceiros fora de seu modelo de negócios que possam levá-los adiante e buscar novas tecnologias para desenvolver inovações que realmente mudem vidas e tornem nosso planeta mais saudável.
Sustentabilidade como núcleo do modelo de negócios
Tratar a sustentabilidade como uma iniciativa é ótimo, mas para ter um impacto real, as empresas precisarão integrá-la ao propósito central de sua organização. Isso garante que todas as estratégias e atividades sejam avaliadas em relação às metas de sustentabilidade. Isso impulsionará as ações corretas em toda a empresa e tornará a cadeia de valor mais ampla, ajudando a descobrir oportunidades e gerar maior impacto no meio ambiente e nos resultados.
A indústria de bens de consumo tem sido uma das mais receptivas a todas essas mudanças e começa a enfrentar o problema ambiental de frente e de forma muito tangível e pragmática. Um exemplo clássico é a empresa Unilever, onde a sustentabilidade é fundamental para sua estratégia de negócios, pois até 2039 se comprometeu a atingir zero emissões desde a fabricação de seus produtos até o ponto de venda.
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